é um choro conveniente, sempre... o molhar do azul.
às vezes é branco no preto, o molhar, digo, o molho que suja o branco, ou o preto... o mesmo molho que chora o olho. o molhar. o olho. o azul.
o molhar é sempre conveniente. ora, agora ora , ora o branco, ora o azul, ora o preto. as cores molhadas oram. são tentações de riscos. tentativas. o azul, o branco, o preto. eles correm riscos. molham, ora olham...
orar pra si. olhar pra si. os riscos oram pra si. riscos são deuses narcisistas. as cores não são cores. oram os riscos. são riscos, só riscos. o branco, o azul, o preto.
ondulações são riscos, só isso, modulações... são sós os riscos. arriscam-se as cores. as cores colorem o choro. os riscos.
mas a vista se arrisca, arrisca-se, há de riscar. há cor na vista. e no risco. há cor na cor, risco no risco...
vista-se, tenho de ir embora. não posso ficar. o azul demora. ele molha
silêncio se despe
ruído
azuleza se vai...
risco pra cima
olhe pro branco
molhe
molhe a vista.
toda escrita é um choro conveniente...