Cereja a cereja
é assim o deslizar
dos meus lábios nos teus
um sabor adocicado
nos ramos verdes
em que se acolheu…
Cereja a cereja
é o culminar do paladar
a entrega da tua terra
ao meu (a)mar sem vento…
Cereja a cereja
a tragar
o suco do ventre
abstracto... verdejante
com o caroço na boca...
Cereja a cereja
a polpa mordente
impregnada na língua
em tragos de poesia
o ninho de linho
onde te desalinho!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...