Lidia 24
Olá meu nome é Lidia. Tenho 24 anos.
Vivo na capital do meu estado. Em um bairro de classe média.Nasci e cresci aqui,meu momento ,os anos 80.
Meus pais faleceram em um acidente há alguns anos. Eu e meus dois irmãos mais novos moramos com minha avó.Um senhora já idosa,muito querida no bairro onde moramos.
E eu já tenho um filho de três anos, Desisti da escola antes mesmo de ser obrigada a tê-lo. Não por falta de oportunidade, sim por falta de interesse. O pai do meu filho eu não sei quem é.Namorei demais e enfim,quem se importa?Certo que é minha vó que sustenta, mas e daí?Eu preciso viver!Vez ou outra eu arrumo uns trabalhos para minhas despesas, mas nada fixo ou pensando em futuro. Não tenho preocupações quanto a futuro.
Minha vó desistiu de me aconselhar, também com seus 65 anos não entendi nada da vida!
Minha vida no momento está como quero. Festas e festas.Sexo por prazer sem compromisso.
Nem tudo é perfeito. Algo deu errado na minha tabelinha!Que nada eu não a respeitei... essa é a verdade.E a consequência veio.Outro filho.Não sou de resolver as coisas rápido e o tempo passou.
Chegou a hora de fazer. Porque decidido que ia parar a gravidez eu já tinha decidido. Nem sabia de quantos meses estava...
Arrumei uma agulha de tricô, não podia adiar aquele momento. Fiz do jeito que me ensinaram e agora era esperar.
Horas se passaram eu aguentando firme. Uma dor mais forte e no banheiro o resultado veio.Consegui!Era um menino!Nem me alarmei com aquilo somente com o sangue que descia pelas minhas pernas e sujava tudo. E a dor insuportável...
Todos vieram acudir, vi a dor nos olhos da minha vó olhando para o feto... Alguém chamou a ambulância .Lá vou eu para o hospital!Emergência!
Fui atendida, o sangue continuava... eu ainda na ilusão que tudo ia passar...
Quando percebi que estava alternando momentos de consciência e inconsciência, olhei nos olhos da minha vó e entendi. Eu estava partindo!Cadê a justiça?Preciso viver!
Errei ao usar a agulha perfurei meu útero porque queria ter certeza que estava atingindo o feto.
E foi assim que morremos eu e meu filho...
Su Aquino