O poeta encontra refúgios inaudíveis
nos cheiros da montanha,
no gotejar do orvalho
lava o rosto
enquanto a vida chega...
Habita nas formas do arco-íris
na natureza recreia hinos,
alimenta a alma
ao libertar palavras
nas montanhas dos dedos...
Embala o amar e a dor
com o mesmo vigor...
Vive e sobrevive
à solidão acompanhada
no seu espaço fechado
aberto em todos os lados...
Grita silêncios
na crista solene de sentir,
a fonte da criação
é o elo forte com o externo...
Tudo isto é o universo do poeta
que de tudo é capaz
apenas não sabe mentir
mesmo quando diz
que é pura inspiração
o clamor
é brotado do coração!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...