Tropas de podres patrões, supostas flâmulas flamejantes e um alçapão. Chuva e dor e mais acima uma flor cândida, nascida de poeira de estrela. Estrala poalha clara! Alumie a meia lua na rua da amargura e das rimas ruins. E que tudo não seja em vão e que no vão nada caia, que seja breve o vão, que vai e vão, que em vão a vã filosofia definharia. Sois esferas sóis e ex-feras, pálidas, sempre chamando tônicas paroxítonas e acetona. Arde em tenra amônia e ureia de urina de Urano, dos dejetos dos planetas que quase invisíveis nos acerta a todos. Eu falo várias coisas em uma coisa só. Eu uso palavra sem dó nem pudor. Eu não aceito gramática que se meta nos meus objetos, quanto mais os indiretos! Eu sou sujeito indeterminado, mas sou sujeito. Invento um modo de me jogar na frente de uma palavra e de ter que ser arrastado pelo trem que dele, ela se descarrilhara. Eu entro no fluxo que vem sei lá-de-onde. Eu penso que acaba, mas nunca acaba. Eu deixo vir e a partir de um ponto eu bem sei fazer o que terá que ser feito. Eu dizia das palavras e da maneira que as escravizo em duplo controle, elas de lá e eu de cá, cada um de nós querendo antecipar-se a um movimento do tabuleiro quântico no qual nos metemos e metalinguagem para todo lado. É um cubo multicor de sílabas poéticas. São palavras sem ética alguma, cheias de um limbo viscoso que te faz tropeçar para rirem-se elas mesmas, as palavras. E as pego pelo acento, ou pelo rabo de uma cedilha, ou até pingos de is, e seguro bem forte, com meus músculos morfológicos e forço-as a serem outras e a andar o trem. E vai o trem trilho a trilho, com ou sem cedilha, uma matilha de cães palavras ladrando e latindo a ladrões de teor semântico, aqueles que querem fazer com que algo seja o que não é. Eu não quero dizer isso que primeiramente você encara que seja. Eu não tenho cara de cera. Eu não tenho tara por ceia. Eu não tenho talco na meia. Eu não planejo a peia do assunto fantástico. E olha como eu aprendi a escrever rápido posso ficar transitando num espaço acima do pensamento da escrita, numa linha reta do encefalograma, e deitado na grama, deitado na grama, sem gramática, com palavras e muito drama. Eu digo tanta coisa que nem sei. Eu termino aqui, mas eu volto.