Sinto falta dos dias perdidos em desplante,
Na floresta cujo pecado era extinto por um simples beijo.
Porém, beijo esse que temia os sabores do teu corpo.
Uns lábios que, de podres e gastos
Se tornavam puros e vislumbrastes,
Como a sabedoria que emanas.
Tu, sim, tu, tu e só tu és aquela que pode coabitar comigo.
A única que sobrevive ao temeroso destino,
És a única que me pode alcançar depois da morte.
Mesmo não te contando,
Tu sabes que podes,
Sabes que o mundo não reconhece lábios gastos como os meus.
Mas, lábios puros como os teus...
Lábios que têm muito o que descobrir, e muitos sabores para decifrar.
FS