Os orvalhos da manhã
caem em fios de ouro
pelos meus cabelos soltos
nas arestas do vento
que segreda melopeias antigas
a dança sagrada do sol…
Envolvo a cristalina visão
do universo
é a ancora do meu corpo
a dança do meu espírito
o elixir para a minha alma
os fios dourados do cosmo…
Fragrância que me embriaga
na lucidez que por de trás da íris
eu navego
no silêncio que me acalenta
em todas as contas
desfiadas das pérolas brancas
onde a paz mora
e a respiração se demora
até que o crepúsculo
pigmente o céu da rubra cor
que o âmago se alimenta!
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...