O tempo chora
nuvens de cinza,
os rastos do relógio
reclamam uma nova era…
Construo uma ponte
inclino-me sob o mar
aceno um adeus,
as emoções transbordam
o verbo não encontra palavras
enfrento as ondas
os balanços
no limiar da ponte…
A terra afasta-se…
Os bosques chamam-me…
A alma vagueia
nos pontos finos
da linha de fogo…
Estou longe
distante…
Não reconheço os passos…
Mas os passos sabem quem sou
guiam-me
nas hostes vacilantes
de um dia de Primavera.
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...
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