Prosas Poéticas : 

Reflexões Infinitológicas.

 
O poema infinito, a princípio, nem começou aqui. Isso é uma parte qualquer do grande poema, uma faísca que acende e pode apagar e morrer. Porque as partes minúsculas, infinitas partículas do poema infinito, podem morrer, porque sua morte não afeta a grande obra - o poema-mór do grande poeta. O que escrevo é mais faísca ainda, por ser fagulha de mim. Ele se desprende de mim como se querendo fugir, e ser maior que eu e meu mistério, quer ser mistério só, essa parte de infinito. Mas nunca pode. Porque se morre, esse poema parte do todo, não mata o todo nem mata a mim. Eu morro inexoravelmente sem ou com meu poema, mas nunca sem e nunca fora do poema infinito que é sobre a morte também infinita e os números. Todo número é infinito.

 
Autor
thiagodebarros
 
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Enviado por Tópico
fotograma
Publicado: 22/10/2012 02:28  Atualizado: 22/10/2012 02:28
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Usuário desde: 16/10/2012
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Mensagens: 1473
 Re: Reflexões Infinitológicas.
a faísca quando solta incendeia
e só mais fogo pode contra fogo
e cá e lá voleia nesse jogo
quem quer que leia e pena devaneia