SEM DESTINO
(Jairo Nunes Bezerra)
Flores jogadas no meio da rua,
Desabafo de quem perdeu um amor...
É uma realidade triste nua,
Exasperando uma ostentada flor!
E distante nos braços de outro vivente,
Sobrevive a tua almejada amante...
Isso mexe com a gente,
Tal um pássaro sem rumo em voo rasante!
E mais uma noite chega de repente,
E teus pensamentos vagueiam tal serpente,
Enroscada num vazio inexistente!
Falta algo à tua volta,
Dai o desespero causa de tua revolta,
Impulsionando-te a seguir em frente!