Deitada na relva macia,
cismava...o balé que a luz do dia,
entre a folhagem fazia,
quando a leve brisa, batia.
Quais raios coloridos
refletidos, quais arco-iris,
que vinham carinhosamente,
fenecer em minha mão.
Sonhadora...
espreguiçava-me, na tarde,
languida de verão.
Quebro entre meus dedos
as folhas macias que,
me servem de colchão.
Aguça, meu olfato o aroma
de folha fresca.
Logo, alguns salpicos de chuva,
caem na terra e sinto o
cheiro da terra molhada.
Levanto-me, num salto ágil.
Qual um felino assustado,
corro entre as veredas da mata.
Buscando o melhor atalho,
que há de me deixar, no caminho.
Em um toco caído, já seco e
enegrecido.
Meu alazão, pasta tranquilo,
a espera de sua Amazona.
que na floresta embrenhou-se.
Monto em pelo como gosto,
Apenas as rédeas,
e meus cabelos longos ao vento,
são os artifícios que careço
Pra cavalgar livre, livre.
Chego ao campo, ando a trote.
Sinto a liberdade, amo ser livre
sinto o rosto corado,
Somos uma parelha,
em igual sincronia.
Quisera, que meu universo
fosse apenas minha montaria
e sua Amazona.
Que desfrutassem da sintonia
de um belo trotar e toda sua
alegria.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)