Assim ela terminava cada noite: com um livro aberto a meia luz do abajur.
Sorvia letras, frases, poesias...
Cada rima, lhe servia.
Passava o tempo...
Solidão que não a deixava
Seguia lendo, por toda a madrugada
Envolvida em seu contos, romances e poemas,
Buscava imaginar cada detalhe:
Cenários, momentos, paisagens...
Ao romper do dia, ela pegava no sono.
A vida recomeçava lá fora...
E era hora de dormir, para Aurora...
Fátima Abreu