Às vezes sou onda com salpicos de vida
Seixo que rebola e se esmerila nos tombos…
Areia onde espraio a minha dor despida
Sol desbotando a cor dos meus rombos
Sou o sal grosso donde retiro
O tempero mediador que me amansa
No mesmo chão agreste onde me firo
Rasgo de alegria em passos de dança
E num bailado de alva espuma
Deixo cair pedaços de erosão
Que se reduzem a coisa nenhuma
Miscelânea que quando me agita
Renova o bater do meu coração
Num novo pulsar que a viver me incita