Deixei de navegar ao sabor dos ventos,
Meus passos lestos, já não mais lentos,
Tomaram novo rumo, tendo a liberdade
Como caminho, enfrentando a verdade.
De vil mentira construí uma vida inteira,
Nada assimilando, minha vera maneira,
Sempre dos outros escutando que fazer
Para no fim de tudo, tudo, enfim, perder.
Deixei meus braços e pernas crescerem,
Irrompendo da prisão, que me escondia,
Do mundo lá fora, de flores a fenecerem.
Não podendo já assim continuar, emergi,
Busquei dentro de mim o que bem sabia,
Que à minha pessoa mui devia, não fugi.
Jorge Humberto
26/11/07