Poemas : 

Vultos

 
Vi um espelho
que se mexia
nos vultos da voz
que não ouvia...

Reflexos nítidos
de gestos ensaiados
com mantos ornamentados
na pele do uivo
a encantar a distração
de um povoado...

Ouvi rir
nas dobras do espelho
enquanto as rugas
se acomodavam
nos lábios pintados
antiguidades da maldade
cada vez mais apurada...

De frente ao espelho
não me encolho com o que vejo
...arrepio a espinha
com o que de frente ao olhar
as costas observam!



Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...

 
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AnaCoelho
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