Não me chames assim com tanta ternura,
Não me fales tão de perto em fingimento;
Pois a vida não passa de um momento
Onde na noite o sol forte só deixa a cesura,
Não me fites com olhos de anjo em vã tortura,
Pois a base de troca e teu lamento,
Pedes felidade, e ao sofrimento...
Usando da mesma fissura.
Para mim o destino não existe,
Se não vivo da forma que pediste,
E porque tens de mim somente o agora...
Mas me pedes além... então sentindo
Que o momento do adeus me esta sorrindo:
Sem pensar duas vezes vou-me embora.
Rosilayne Vasconcelos