e a chuva pinga
pinga a pinga
no meu outono molhado
arrastado
escorre me por entre os dedos
com que não agarrei
o jeito de me saciares no calor
do tempo dos frutos maduros
antes das folhas caídas
se voltearem no chão
esmaecidas pelo vento
espero agora o equinócio
antes de ver a neve e sentir frio
branco em dia cinzento