CiRANDA
Ando às tontas num turbilhão disforme
No corcel que me conduz fico aturdida
O que vejo me encanta e me alucina
Tão depressa gira a vida que me foge.
Brilham luzes ao redor dessa ciranda
Ouço sons que mais parecem ser gemidos
E as cenas se repetem loucamente
Num rodar febril que embota os sentidos.
Vida insana que parece um carrocel
Que tonteia e inebria aos circundantes
Se revezam dor e amor o mel e o fel
A quem anda na ciranda dos amantes.