inesperadamente, sem pensar, como um reflexo urgente dos sentidos, o beijo o beijo que se entranhou, bailado inquieto, de fluídos, como sumo de fruta singular!
perdi o pé à realidade, voei ouvindo as aves a velar, no alto das cruzes, recortando o céu azul e tu eras Ícaro… eu o sol! preso no labirinto ergues-te as tuas asas de cera de mel de abelhas e penas de gaivota, brilhando nesse imenso céu dos teus olhos ardentes de fluídos efervescentes!
depois… cai no encantamento de sorver e sorver o sumo singular abandonando-me à alacridade ávida do teu corpo aceso corcel, cavalgando destro e eufórico resfolgando ao vento o júbilo no Jardim das Delícias!