Clara Mia brincava feliz com seu bambolê, quando a noticia veio:
Muitos dias na escola, não haveria mais recreio.
Clara Mia desapontada, queria saber o porquê.
A professora rapidamente veio dizer:
A diretora não tinha mais alegrias, pois acabara de perder sua filha!
Uma tristeza geral tomara conta da escola.
Pois a menina referida, era aluna aplicada, e um doce de pessoinha.
Mas ao atravessar a rua sem atenção, um carro a pegara de supetão.
Clara Mia era amiga da menina, desde que se lembrava por gente...
Ela, mais até que outros coleguinhas, chorou pela perda.
O nome da 'estrelinha' que fora para o céu, era Rosane.
Um dia antes de acontecer tal tragédia, as meninas bricavam felizes, com o bambolê de Clara Mia.
Rosane fez um comentário:
_ Já notou que aqui não tem rosas no jardim?
E Clara Mia respondeu:
_ Acho que é porque ninguém quis rosas, só tem margaridas!
As duas voltaram a brincar, e foi essa a última vez.
Agora, lembrando de tudo, se recusava a acreditar que a doce Rosane, não mais estaria por lá...
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Com o passar dos dias, o recreio voltou.
As crianças ficaram alegres. Ninguém mais falava no assunto.
Pois a diretora não poderia tirar dos alunos, seu direito.
E sua tristeza foi passando, porque o Tempo é o senhor que abranda tudo!
Clara Mia voltou ao pátio de recreio, e se contorcia toda no seu bambolê.
Foi quando ao olhar para o jardim da frente, reparou numa rosa de cor diferente:
Era uma flor muito especial, em tons de azul...
Pois ali onde a rosa nascia, brincaram muitas vezes, Rosane e Clara Mia.
Fátima Abreu