Poemas : 

Abrilada

 
A nós, filhos de gente pouca
Sob o grito desta revolta,
Peço a quem nos vergasta
E nos amordaça a boca,
Voz da liberdade madrasta,
Do vil passado que volta,
Pão e escassez de vida louca.

Às armas, grito agora eu
Simples peão agrilhoado
Na esperança que me ouças,
Neste Portugal também teu
De velhos moços e moças
Frutos do futuro inacabado
Que de sua morte renasceu

Sinto fome de revolução
De ser filho novamente
Soldado desta guerra
Homem livre sem prisão
Sangue puro da terra
Do sentir ser gente
De ter meu chão.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 23/09/2012 12:58  Atualizado: 23/09/2012 12:58
 Re: Abrilada
A bebedeira daquela abrilada durou tempo demais, agora vem a ressaca. E se a bebedeira trouxe ilusões de liberdade, a ressaca está bem firme em agrilhões dos neo-escravos suplicantes.
Bom poema.
Abraço.
João


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 23/09/2012 18:50  Atualizado: 23/09/2012 18:50
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: Abrilada
Uma arma cheia de balas comprando a alma
com o preço baixo da necessidade.
Parabéns pelo poema. bjs


Enviado por Tópico
HelenDeRose
Publicado: 23/09/2012 20:30  Atualizado: 23/09/2012 20:30
Usuário desde: 06/08/2009
Localidade: Sorocaba - SP - Brasil
Mensagens: 2028
 Re: Abrilada
Eu diria até que seus versos estão "abrilando" um grito de esperança.
Neste momento, há que se ter união de todos, para encontrarem forças de enfrentar o futuro próximo em cada segundo seguinte.
Cada um tem que estar comprometido com seu país, assim como, vejo inserido no seu poema.

Desejo-lhe sorte e sucesso sempre!

Helen.