Poemas : 

Margaridas

 
No palor da madrugada,
Passos apressados recortam silhuetas,
Encurvadas de olhar esguio e triste.

Aos poucos a cidade desperta,
E se tinha adormecido sozinha,
Esquecida e abandonada,
Acorda num turbilhão de vozes,
Desejosas de amar.

As rua surgem revoltas,
Como lençóis desalinhados numa noite de volúpia,
E pelas esquinas correm rumores,
Que Adónis e Afrodite se amaram
Enquanto a cidade dormia.

Do Rossio, estuário de todas as ilusões,
O perfume das flores invade becos e avenidas,
Uma cançoneta de criança é sussurrada…
As margaridas agitam as pétalas
E cantam “bem-me-quer, mal-me-quer”.

Delas se espera, que conquistem o mundo
Com a imensidão do seu olhar


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Sedov
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Enviado por Tópico
Jmattos
Publicado: 20/09/2012 00:10  Atualizado: 20/09/2012 00:10
Usuário desde: 03/09/2012
Localidade:
Mensagens: 18165
 Re: Margaridas
Boa Noite, Poeta!

Belo poema, sempre quis fazer um texto com esse título!
Adorei a leitura e fiquei inspirada!
Parabéns!

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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/09/2012 10:08  Atualizado: 20/09/2012 10:08
 Re: Margaridas
dilema infinito
......o futuro e a incerteza do bem.me-quer-....mal-me-quer-.....muito, pouco ou nada ?

Enviado por Tópico
Aivlis
Publicado: 20/09/2012 10:46  Atualizado: 20/09/2012 10:46
Super Participativo
Usuário desde: 30/06/2011
Localidade: Lisboa
Mensagens: 125
 Re: Margaridas
Aqui está o dilema que falavas!
Bem me quer, mal me quer!
A ti só te quero bem!
O mal não quero a ninguém!
O que espero de ti -- Não deixes de escrever Nunca!

Parabéns!