Era para ser diferente Tu, compositor e louco Eu, poeta insana e delinqüente Formaríamos uma dupla Que espantaria muita gente. Eu acreditava num Amor derradeiro Tão tórrido como se fosse a paixão primeira. Eras meu Nobre Vagabundo Por ti eu andaria meio mundo. Não me entendestes então Acabei na mais fria solidão. Perdestes tua mais ardente Mulher A Amante que todo homem deseja e quer. Sei como me fazer amada Para mim não existe noite Dia ou a mais fria madrugada. Sou Fêmea que ao Homem vicia Sou droga que contagia Perita em todas as fantasias. Sou fonte de puro prazer Queria a ti, enlouquecer Não te arrependerias jamais Da loira que a ti amou demais. Eu era a "Graça" do seu despertar Aquela que fazia Teu coração vagabundo De tesão trabalhar. Agora, perambulas não sei por onde Minha pena por ti não mais se esconde. A dor que sinto Tenho certeza que sentes também Pois o que entre nós acontecia Só nós sabíamos, meu bem. Mas, de repente tu te calastes Não me dissestes o porquê Apenas deixastes este vazio cruel Como um facão cravado em meu peito Matando esta Messalina do papel. Cada vez mais desconfiada Vou seguindo minha jornada Segurando meu coração ferido nas mãos Em sangue esvaindo-se Vertendo-o gota a gota Empoçando-se aos meus pés No imundo deste frio chão.
Direitos Autorais Reservados ® Poema Registrado. *** Campanha pelos Direitos Autorais na Internet *** www.2be.com.br NITERÓI-RJ BRASIL.