Poemas : 

Por Um Pedaço De Terra (O Clube Dos Poetas Mortos)

 
Tags:  poeta    madrugada    luiz sommerville junior  
 
-*-



O poeta morreu
a poeira imprimiu em seu corpo cansado
a caligrafia gelada do último verso
pequenino no adeus que o levou
nem uma lágrima rolou
na morada onde a chuva se despedia
os guerreiros medievais , as cruzadas
a imensa legião de combates
em prol dum pedaço de terra
sumiram por uma frincha do tamanho
de seus olhos fechados

agora já podia descansar...

Já não era poeta ...


LSJ, aqui , neste site em 2608201002:21


A Madrugada Das Flores
 
Autor
sommerville
 
Texto
Data
Leituras
3161
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
11 pontos
11
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 18/09/2012 23:13  Atualizado: 18/09/2012 23:13
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: Por Um Pedaço De Terra (O Clube Dos Poetas Mortos)
"E porque não dizer que não falei de flores..."
E por esses e tantos outros motivos que aprecio imenso
te ler. Obrigada sempre. bjs


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/09/2012 23:16  Atualizado: 18/09/2012 23:16
 Re: Por Um Pedaço De Terra (O Clube Dos Poetas Mortos)
Lindo e profundo querido Poeta!

'navegar é preciso' - viver é contingência , luta, combates ... passagem nesta nave terrestre. O Poeta sabe disso... como tu.

Bjs,

ALICE


Enviado por Tópico
carolcarolina
Publicado: 18/09/2012 23:19  Atualizado: 18/09/2012 23:19
Colaborador
Usuário desde: 24/01/2010
Localidade: RS/Brasil
Mensagens: 9299
 Re: Por Um Pedaço De Terra (O Clube Dos Poetas Mortos)
Amigo Poeta
Sommer

Um poema lindo e forte!
agora já podia descansar...
Já não era poeta...
mas continua sendo até hoje, morto mas sempre será um poeta.
Bjus
Carol


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 19/09/2012 00:39  Atualizado: 19/09/2012 00:40
 Re: Por Um Pedaço De Terra (O Clube Dos Poetas Mortos)
O poeta morreu... lutou pela última palavra, pelo último verso, justiçando o amor com suas próprias mãos. Para onde vão os poetas quando morrem? descansam no papel? vão para o céu? poetas viram flores, estrelas e inspiração...divaguei agora rs, Sommer meu amigo, é verdade a três anos já? como passa rapido, nas ceu essa amizade, eu, vc, a baby e tantas outras pessoas daki que guardo no coração, mas poesia é assim, une, aproxima, faz amar, como aconteceu com vc e a baby... adoro vcs e sinto-me orgulhosa por ter amigos tão especiais... vcs moram no meu coração.


Enviado por Tópico
belarose
Publicado: 19/09/2012 16:53  Atualizado: 19/09/2012 16:53
Membro de honra
Usuário desde: 28/10/2010
Localidade:
Mensagens: 9026
 Re: Por Um Pedaço De Terra (O Clube Dos Poetas Mortos)
Boa tarde Luís!

Uma vez poeta,sempre poeta!

A escrita mora em nosso ser,não tem como deixar de escrever e expressar os sentimentos através da escrita!

linda e sentida poesia,parabéns!

Abraço!


Enviado por Tópico
RayNascimento
Publicado: 15/02/2014 17:55  Atualizado: 15/02/2014 18:08
Membro de honra
Usuário desde: 13/03/2012
Localidade: Monte Roraima - tríade fronteira Brasil/Guyana Inglesa/Venezuela - - Amazônia - Brasil
Mensagens: 6573
 Re: Por Um Pedaço De Terra (O Clube Dos Poetas Mortos)
Num calar de voz
No universo dos versos
O poeta sucumbe
No mais gélido dos mármores...
Por um pouco da mãe Gaia
Que todo ser tem direito
Seus versos calaram
Num eterno grito
Que se fez mártir...
Sua caligrafia ficou
Grafitada no derradeiro verso
Donde seu legado ficou grafado
Num existir do credo na justiça
Onde o "in" imperou...
Lágrimas rolaram no mundo
De suas letras-vivas
(hoje um poeta morto)
E desceram o desfiladeiro do abismo
Do sonhar em ter um pedacinho de chão...
Na hora mais despida do ser
Que é o fenecer esmaído
Num calar eterno
A voz que dantes
Grafitava no livro da vida
O respirar partículas
De esperança e fé...
Mas, na guerra pelo da esperança
O poeta sucumbo minguou
Sua voz antes proferida
Numa clave gravada
Hoje(in memorian)
D'um ser que fenerge
Num grito de uma voz silenciada...
Nas notívagas donde a alma
Soluça o seu escrito.
Ray Nascimento


Open in new window