DESTINO
Quando o barco alça a vela,
leva o barco-à-vela o vento
sem sentir o sofrimento
de quem segue o rumo dela.
Se saudade sofre ou sente,
pouco importa ao barco-à-vela,
vai ligeiro, vai fagueiro,
vai na calma e na procela.
A rumar sem desatino,
vai na senda do destino
que no mar é inclemente.
Em tarde calma e singela,
chega ao porto o barco-à-vela,
chega em frangalhos a gente.