Não sou este nem o outro, algo de intermédio,
Desesperado então e procurando um remédio
Vasculho meu quarto na tentativa de conforto,
E quando me encontro vejo-me em novo porto.
Não sou de um lugar só, de uma única estação,
Sou um fiel seguidor, inflexível ao meu coração,
Por isso, ando de ponte em ponte, na aragem
Absorvida sub-repticiamente a cada passagem.
É o meu fado, o meu destino, andar sempre só,
Mas, creiam-me, quando vos digo, não tenho dó,
Pois é na procura constante que estão as riquezas.
E assim, de terra em terra, de mim sempre deixo,
O melhor que tenho para dar, e nunca me queixo,
Se comigo a sorte vã mais não deixa que tristezas.
Jorge Humberto
22/11/07