O que Sou.

Eu sei o que tu és.
Hoje és metade de ti,
Uma lua em quarto – não sei se crescente ou decrescente –
Mas sei do meu gosto pela astronomia
Que a tua fase nova teima em ser maior que a tua face cheia.
No entanto, uma metade tão livre como a outra metade.
És uma laranja amarga e doce
Que brotou da flor de laranjeira do teu sorriso.
Em cada gomo há sensações e sentimentos
Da sua conjugação emanam todos os teus quereres
E a metade soma-se à outra metade
E serás então uma mão cheia de emoções.
Nega o escritor que confunde o prólogo com o epílogo
Porque as palavras ficam a meio
entre o ar que enche os pulmões e o som da sua prenunciação.
Nem sempre é necessário que haja um princípio
para que ocorra um fim.
Somam-se as metades
Eu sei
És livre por completo.