Declaro
que cabe aos poetas
governar o mundo,
por força
do direito divino,
manifesto
nos raios de luz
e
nos
arco-íris.
É, assim,
restabelecida
a ditadura da Inteligência,
onde a beleza
é compartilhada
por decreto
e
dever.
Ficam,
por consequência,
excomungadas
a burrice
e a intolerância.
Serão toleradas
manifestações
em contrário,
mas os tolos de espírito
serão isolados
em redomas hiperbólicas,
condenadas
a vagar perpetuamente
nas esteiras
das dízimas periódicas.
Os anjos e os anciões
formarão
o conselho de guerra,
nomeando
generais e guardiões
da nova ordem,
a qual só pode mesmo
se permitir
ser, por definição,
anárquica.