Ouço minha voz dentro de mim
Dizendo-me: “Tudo está errado”...
Busco este tudo em mim de cada lado
E só o nada se configura um fim...
É minha inconsciência decodificando segredos
Que meu eu aporta do pensamento devasso,
Minha reflexão singra desconhecidos espaços
Trazendo a solidão de um dossiê em desmantelo.
Em meu âmago a aurora tornou-se crepúsculo
Confinando-me num deserto sem impulso
Onde o sonho é uma tela sem imagem...
São ruídos que perturbam meu sossego
E veiculam em mim uma sonoplastia sem adereços
Deixando-me cético perante a última viagem!