Eu Sou esse não-ser já sem memória,
barco à vela que zarpou, sem História ...
Eu Sou essa lonjura,
horizonte sem divisória,
Versos de Onde a Onde,
sem cuidado nem vitória!
Imenso fundo, desconhecido,
aquele a quem amamos,
presente ou ausente!
Tela-sem-cor,
ilusória dor-de-Amor: vertigem!
Entre nós tudo cerrado, mudado, em luto ...
Juntos e separados... real mas obscuro!
Encontro? Que encontro?!
Falar é iludir,
não dizer nada: cansaço!
E as culpas da infância?
Lastro-de-medos, memória ...
Esse peso no mais dentro,
onde o que passa, fica,
deixa ferida ...
É lá que tudo ocorre,
é lá que o tempo passa,
é onde permaneces,
junto destes Versos,
de Onde a Onde! ...
Ricardo Louro
Estoril
Plutão em transito "quadrava" a minha Venus Natal numa ultima passagem e ao mesmo tempo a Lua progredida também a "quadrava". Momento dificil!
No entanto, Urano em trânsito estava também conjunto à Venus trazendo intuição, inspiração, liberdade, capacidade de intuir a forma de transformar toda a dor que a Lua e o Plutão faziam sentir em Consciência, esta poesia é disso um testemunho!!!
O Céu sempre sabe o que faz!!!
Ricardo Maria Louro