A embriaguez em mútuo desespero
Faz-me esconder a branca nudez
Do corpo mudo ao doce canteiro
Que hoje esconde o que já se desfez
Buscando palpar o impalpável
Amar o ser lamentável
Sem sentir a própria alma
Sem saber o que me acalma
Me desdobro redescobrindo sentidos
Procurando um breve respaldo
Na solene despedida noturna
No desperdício de palavras com escaldo
Assim corre a vida oportuna
Cega,infeliz,e divertidamente corrompida por fortuna
Ainda há tempo,ainda a amor
No amargo sabor que escorre da boca
Da verdade por trás dessa paixão
De uma jovem afoita e louca
Deslumbrada de emoção.
Thábata Piccolo
Curitiba,Inverno 2012.