Serei eu um livro às avessas?
Ou serei apenas um juntar de palavras amorfas?
Vou regressar ao berço da lua nova
Lavar os pincéis, arrumar os carvões,
Deixar a um canto a tela ainda virgem.
Fechar na caixa óleos e tintas,
Enrolar panos e papeis de seda.
E mesmo os lápis de cor não os vou mais afiar.
Os bonecos de plasticina
Vão acabar por secar.
Atrás de mim fecha-se a porta,
Escurece a clarabóia deste estúdio
Onde fui amortalhando versos.
Este texto é uma reposição da vez anterior em que estive registado aqui no Luso. Dizem o bom filho (mesmo bastardo) à casa volta. Para o bem e para o mal estou a voltar. Aos poucos vou repondo os textos antigos. Que me desculpe que já me leu anteriormente.