A Florista
Vinha pela avenida todos os dias
Seu trabalho nada tinha de árduo, como de muitas pessoas a quem conhecia.
A florista, uma jovem bonita
Fazia as flores, criarem vida!
Seu toque carinhoso e suave
Erguia uma flor que se esvaía...
A florista tinha esse dom, uma doce magia:
Reanimar uma flor,
Talvez fosse por fazer seu trabalho, com muito amor...
A florista na praça, chamava atenção dos pedestres:
Sempre de chapéu na cabeça, luvas, vestidos floridos
Como algo "retrô"
Ganhava assim o coração de quem ali passava.
E vendia, vendia...
Um dia ela não apareceu
Sentiram sua falta
No dia seguinte também...
Descobriu-se uma semana depois,
Que a linda florista
Fora embora numa viagem muito especial:
Criara asas de fada, seu destino desde que nascera
Agora voava feliz, sobre campos verdejantes e floridos
Mas para quem olhava a praça, sem a florista amiga,
Deixava cair uma lágrima, de saudade sentida...
Fátima Abreu