Quando ao ver o sol pela primeira vez, lá cedinho, bem pequeninho, ao longe de minha lucidez, caminho até a parada, que cheia de mágica me convida outra vez.
Dentre tantas mentes, pensamentos e razões, algo nos une, talvez a esperança de na hora chegar, para aquele motivo de tão cedo acordar.
Radiante, como nunca outrora, sinto próprio meu coração bater, atento-me, olho para um lado e para outro, um sinal faço... E me vem cada vez mais lento, ao ponto de parar em minha frente!
Com o sempre anseio vivaz, aquela máquina transportadora me convida à entrar. Ali dentro, entre pensamentos, olhares e significados, acontecem trocas de carinho e de gentilezas. Sinto-me numa máquina do tempo, onde prevalece o carinho, paz e sensatez.
No vem pra cá e vai pra lá, com retas, curvas, descidas e subidas, assim é o mundo no momento, sem saber pra onde vai, mas eu vou indo e indo, guiado por alguém.
Ali, onde ideias parecem inesgotáveis, são compartilhadas, nada melhor! Aos poucos todos parecem me abandonar, parada após parada... Quando chego ao lugar desejado, agradeço ao piloto, sabendo que essa foi apenas uma, das várias viagens que se seguirão.
Uma crônica baseada numa viagem de ônibus, desde a hora do primeiro raiar, até o fim da viagem, a mistura de sentimentos e de olhares que por ela se guiam.