Em toda a nossa vida, vários trajectos são desenhados.
Pintamos de mil cores as nossas fantasias, sonhamos todos os nossos obstáculos a serem ultrapassados, criamos a nossa imagem à semelhança do ser-perfeito (imperfeito), vendemos toda a nossa razão porque amamos e queremos que tudo dê certo.
Pelo caminho que vos dito aqui, vamos esculpindo cada pedaço que no futuro ecoa, vivemos na presente harmonia de que tudo é tão simples como o ar que inspiramos a cada instante que passa...ah ah ah...se fosse assim tão fácil.
Temos tudo nas nossas mãos, ou assim julgamos nós.
Quando nos centramos na estrada, tudo parece ter sido rápido.
Ainda que tenha durado uma eternidade, não passou de uns míseros instantes.
Neste percurso, um tanto vagaroso, vamos conhecendo identidades e mundos. Vamos observando e contemplando...
Pouco nesta vida eu vi...mas já contemplei um pouco daquilo que são as almas eruditas, ou melhor dizendo, sentimentos eruditos.
Tudo anda um pouco distorcido neste século.
No lugar da indiferença, prosperou o ódio...no lugar da esperança prosperou a saudade e no lugar do amor permanece a falta de consciência.
Ao não estarmos conscientes do trilho que percorremos, não significa que somos ignorantes ou idiotas até porque ser-se ignorante tem as suas vantagens, ao sermos instintivos e aceitarmos o facto de sermos humanos. O que não podemos é deixar que a falta de consciência nos torne vítimas da sociedade ao ganharmos medalhas de mau comportamento.
E que grandes medalhas...
Nuno Nebel