Em meu bandolim dedilho a nota
Que deixa em “streap-tease” minha emoção,
Do meu vestuário resta-me a solidão
Que encobre minha face onde o sangue desbota.
Sorvo doses de uma macambúzia tequila
Para afugentar o uísque da volúpia atrevida
Que desmorona retas e curvas de minha vida
E me torna paciente de uma saudade que aniquila.
O instrumento faz vibrações em minhas veias tortas
E desintegra o perfil em que soluça uma aorta
Que se vê solitária e vazia em seu ventre...
De um cálice trago o vinho que me adormece
E me permito sonhar sem o viço de um estresse
Que massageia o devaneio soturno do coração carente!