Ele chegou com um buquê de rosas nas mãos, uma garrafa de vinho e um sorriso enamorado. Entrelaçou sobre mim um olhar, um doce olhar, envergonhado ficou, queria pedir perdão por ter causado-me tantas dores.
Achou que as rosas e o vinho nos levaria ao leito. Novamente fiquei a ouvir lamúrias e assistir uma lágrima no canto dos olhos a cair, tentei fazê-lo compreender que não haveriam rosas, vinho e leito que aliviasse todo meu sofrimento.
Sussurrou palavras que nunca ouvi e respondi num baixo tom de voz: - Leve suas rosas, o vinho e teus desejos, nenhum deles apagará as mágoas que tu me trouxestes.
Ele relutou, esbravejou, provou o vinho, jogou as rosas no chão, enraivecido, enfurecido, não acreditou, muito menos aceitou que tudo era findo. Depois de tantas dores, o amor acabou!
Virou as costas, saiu...fechou e depois abriu a porta e perguntou-me: É o fim? Por um minuto silenciei meus lábios e olhei-o, nem precisei balbuciar ele compreendeu e à porta encaminhou-se e murmurou: Eu volto porque Te Amo!
Um instante depois eu pensei:
É fácil fugir das rosas que tentam espetar-me, difícil é fazê-las compreender que eu não quero mais ser espetada.
brilhante...adorei o texto e,claro, a mensagem que passa. às vezes é bem difícil mesmo mostrar que mudamos...que crescemos...que não mais aceitaremos ser magoados.Parabéns mulher!!! beijos