Atiro a ideia de pleno encontro
ao velho edifício do Saber.
Atento assim
violentamente
ao pudor literário,
expondo minhas partes íntimas,
eretas
pelo desejo concreto
de mudar tudo.
Faço
do poema
bomba,
capaz de explodir
a pequena caixa craniana,
sem capacidade
volumétrica
sequer
para guardar
a hipérbole anárquica.
Movido
apenas
pela
fé fundamental
aos eleitos
revelada ?
ao sopé da orelha,
amarro ao peito
versos convexos,
substrato essencial,
porém
mortal
a menor interferência sistêmica,
tal qual
o ponto
e ou
a vírgula.
Subsequente
grito
sustenido,
força
a curvatura
dos olhos
em direção
ao sol,
para viabilizar
as obrigações
um instante antes
de correr
para a parede,
onde,
finalmente,
os hieróglifos
serão miscigenados
às vísceras.