Na terra do trinta e um Mais uma grande tramóia Despacham o canal um Com gala numa tipóia
Lá dentro vão os camaras Os locutores e afins E de forma estranha Adereços e cetins
Mas o arraial Ainda não terminou Mata-se o canal dois Logo o senhor ditou De um modo geral Venda como nos bois Nos querem impingir Que burros que vós sois.
Concessão estranha Nos veio anunciar O senhor engravatado Mas que grande patranha
Para mal dos meus pecados O Primeiro em silêncio Ministros todos calados Dá-me cá um arrepio
Se por acaso pensam Que o Zezinho é cego É bom que se convençam Nem cego nem labrego
A nossa televisão Faz parte do imaginário Metam a concessão Fechada num armário
Tratem de pelo menos Mostrar que nos governam Só assim haveremos De saltar do inferno
Da Troica que por cá está A ofertar trocados Em troca da debanda De tudo ao deus dará
Onde já se viu A televisão matar Assim tudo ruiu Não nos iremos calar
Ó senhor Passos Coelho Veja lá se desperta Porque a bola no joelho É quase sempre incerta.