Poemas : 

habituei-me a pôr-te o mar no dedo de quando em vez

 
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Trouxe-te ao mar.
Trouxe-te. E mal me tinha habituado à menstruação que
as trutas tinham por cima da lua.
Perguntaste-me
pelos fenos dourados. E eu pelo cais que supunha pousado
aos suaves Outonos dum laço à volta.
Era longe.
Não se via nada. E nem isso se dizia, meu amor.
As flores, estas,
vestiam-se agora fora dos teus olhos.
Vestiam-se. E, desfeito
o pequeno piano lilás ao canto das rãs, não sei se
havia luz.
Não sei se haviam os fumos rosados. Os fumos e os lagares
que em pétalas lembram
o eu ver-te




Eugénio Trigo

 
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TRIGO
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