Meu ser conturbado não encontra descanso
Enquanto não vir no Homem o seu remanso
A paz tão desejada, por modesto contributo,
A que ele se propôs inteiramente com intuito
De fazer deste um mundo melhor, providente
Se tornando e agindo com ele e toda a gente
Como coisa única, que todos devemos cuidar
E solenemente cumprir co a palavra preservar.
E são dias de agonia e de febre, a me torturar,
Na incerteza das cousas, de consciência atroz
Pois tantas são as vezes, que me faço duvidar.
Só a esp’rança que é sempre a última a morrer
Liberta-me um pouco, enfim, deste meu algoz,
Acreditar, que a humanidade saberá sobreviver.
Jorge Humberto
21/11/07