A natureza adverte:
¬ Cuidem de mim!
Aqui sempre estive.
Mãos aberta, espírito livre.
Sempre doei, sem nada pedi.
São milhares de ano,
que tiram tudo de mim.
Sempre renovei
mas, ha alguns tempo, notei
sinto dificuldade em servir,
Onde antes havia fartura,
na terra, tudo germinava.
Hoje, mesmo na terra escura,
boa de plantar, é difícil,
germinar.
Onde os rios corriam livres
para o mar, límpidos, cristalinos.
Estão morrendo após tantos
desatinos.
Berços de vida, hoje, alcalinos.
Sua natureza, mudada.
De água potável,
A substâncias nocivas.
Que tiram a vida de espécies
que no rio tem sua vida.
No berçários de aves,
já não há muito a procriar.
Nas praias, diminui muito
os ovos de répteis a eclodir.
A natureza pede: ¬ Mudança Já!
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)