Passava um pouco das quinze horas quando o telefone tocou e uma voz amedrontada, trémula, falou coisa sem coisa.
Não soube que dizer, fiquei expectante e surumbática perante o óbvio, ali havia coisa bem cabeluda.
O "mor" tinha descoberto as falcatruas do seu querido e não estava pelos ajustes para lhe atiçar os cães e para lhe atirar os gatos contra a suposta infidelidade matrimonial.
Ó "mor" fala com a pessoa - diz ele em tom de desculpa para o que não tinha desculpa nenhuma.
Fez - se silêncio...
Acho que o "mor" ficou escaldada e agora as brincadeiras e as escapatórias vão de certeza ficar presas por uma unha negra de mentiras bem ou mal escondidas, mas de certeza muito mais acauteladas de ambas as partes...
Os silêncios são cada vez mais valiosos e as viagens imaginárias ficam guardadas numa verdade que precisa ser esquecida!!!
Carolina