A JUBA
O homem que me tem
Não é tão forte
Nem tão alto
Nem tão bonito
Mas me tem tido.
O homem que me faz
Tem mãos cheias
Que me correm na pele
Tem pés ligeiros
Que andam sobre mim.
O homem que me ocupa
Não tem pecados
Não tem culpas
Tem lábios de caqui
E olhos de lupa
O homem que me ama
Tem fome de leão
Mas antes de rugir e tremer no gozo
Me dá na mão e na boca
Pratos raros de aroma e sabor
Que me deixam louca.
O homem que cresceu em minhas entranhas
Que esfriou a minha pele
Dilatou minhas pupilas
Disparou o meu piscar
Me deixou de pernas bambas
Amou de forma estranha
E me chamou de menina,
Descansa agora em cima de mim.