Deitada em meu quarto,
Cabeça recostada ao travesseiro,
Olho pela janela,
o Céu lá fora.
Entre as copa de uma frondosa mangueira,
O brilho cintilante das estrelas.
O véu da noite recobre, do sol o brilho,
Das aves os pios.
O véu da noite, mantem o sossego.
Há uma brisa suave entrando pela janela,
e o orvalho da noite, recai em suas folhas,
enquanto todo ser vivo, adormece.
A noite é como uma canção,
acalma o coração, nos enche de paz,
e faz em nós perene a esperança.
Acolhidos em nossa alcova,
aguarda-se a noite passar,
abrigados em nossa alcáçova.
Noites escuras, escrevem,
histórias por traz de janelas.
Segredos, sussurros sibilados,
Entre lençóis de seda bordados,
Amantes, fogosos, apaixonados,
Vivem, amores, e seus traquejos.
E ao canto dos pássaros,
quando a Estrela da Manhã,
ao céu despontar.
Sabe-se, então que, logo virá.
O sol, empurrando a escuridão
e um novo dia, há de raiar.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)