Fingido, fingido, você disfarça,
Se alguém se aproxima,
não me abraças, baixas a cabeça.
Finge, não me conhecer.
Outras vezes.
Faz de conta que sou uma amiga.
Fingido, és fingido.
Sempre que não estás, a sós comigo.
Se porém, estamos sós,
em um lugar escondido.
Já não és fingido,
Dizes que me ama, me beijas com paixão.
Não sei porque me entrego,
e não sei porque não renego.
Esse amor fingido, distraído.
que só quer passar desapercebido.
Viver assim, é sofrer.
Eu vou aprender, a não aceitar.
Quando chegas, de mansinho.
e me enches de carinho.
Carinho fingido, fingido.
Que só me quer no escurinho,
ou altas horas da madrugada.
Quando ninguém vê, e a noite é calada.
Um dia vou aprender a dizer não.
E se chegares em meu portão.
Vou acender a Luz, por os cães a latir.
e vê da janela, meu amor fingido, fugir.
Fadinha de Luz
Maria de Fatima Melo (Fadinha de Luz)