A decadência apodera-se da minha alma
O corpo já apodrecido, rejeitado, inútil
O coração a muito que parou no tempo
Que faço eu aqui, sem forças para continuar
A caminhada rumo a incerteza ao desterro
Imortal para uns, demónio para outros
Vivo nas catacumbas do castelo, perdido
Os seculos passaram por mim, amei-te
Um manto gasto pelo tempo, cobre o meu corpo
Vagueio pelo castelo em busca de ti, onde estas
Procuro-te, suplico-te, onde estas morte
Tu que levas-te o meu amor e me deixas na eternidade
Sou um errante, alguém que não reflecte no espelho
Um viajante do tempo, perdido neste tempo
Quem sou, nem eu já sei quem sou.
Apenas quero dormir profundamente
Dormir sem sonhar e nunca mais acordar.
(Gaspar Oliveira)
Gaspar oliveira