Voa, voa
Estreante olhar poente… adiante
In.consciente, êxtase de sensação
Ventre umbilical em explusão
É parida a canção…o instante.
Obediência sem medida, breve nada
Odisseia soturna veia, voa, n’ urgência
Eufórica polifónica estridente, consequência
Sem aritmética, oh da pele impregnada
Voa, voa no prenúncio das eras
Desejos mil na roda do vento que corre
Voa, voa do gerúndio que morre
Voa, voa oh do sobejo das esperas
Um dia vamos voar para um lugar
Onde ninguém nos vai encontrar
É melancólico
Saber que não vou poder regressar
Ali poderei usar as palavras como setas
Lançando um vindouro sonho
E ultrapassando todas as metas
E no despertar vem o tempo do adeus
Em que vejo que não estou só eu
E no momento que nos contemplarmos com as trevas
Oramos a Deus
Que está mesmo aqui presente
Sobre o luar da lua
Ele eternamente ama a toda gente
Luzia e Emanuel