Sonetos : 

Consciência

 
Tags:  medo    fragilidade    INJUSTIÇA    exploração  
 
Open in new window

Consciência

Talvez não viesse preparado pra viver no mundo
Pois eu nunca consegui levantar qualquer taça
Os amigos dizem que foram campeões em tudo
Não tendo medo, enfrentam qualquer trapaça

Sinto-me impotente a contemplar tanta injustiça
Que são praticadas, principalmente ao mais fraco
Há gente que não sabe sequer o terço da missa
Quer guiar o mundo e acaba caindo num buraco

Vejo neste mundo o mais fraco ser escravizado
E parte dessas pessoas não acha isso errado
Pois na hora de votar prefere o seu dominador

No mundo existe gente que se troca por vintém
Vende o seu voto e a sua consciência também
E vai elegendo sempre o seu grande explorador.

jmd/Maringá, 21.08.12





verde

 
Autor
João Marino Delize
 
Texto
Data
Leituras
1194
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
ValdeciFerraz
Publicado: 23/08/2012 19:07  Atualizado: 23/08/2012 19:07
Participativo
Usuário desde: 05/07/2010
Localidade:
Mensagens: 29
 Re: Consciência
Prezado João, gostei principalmente do tema abordado. Segue abaixo a versão correta do Poema que postei em espanhol:


A ESPERA


Esperei tanto esta noite um canto,
Um canto que tivesse o encanto
De transformar o meu pranto
E acabar o meu desencanto.

Esperei como esperam as donzelas
Pela volta de seus amados.
Pus até uma foto dela
Debaixo do meu travesseiro.

Tirei as pilhas do relógio
Para que o tempo não risse de mim,
E pus perfume nos lençóis,
Tudo isso para ouvir a voz dela.

Fiz acordo com o vento
Para que não roubasse as estrelas,
E até os cães cessaram seus latidos
Transformando a noite em um grande diamante

Cessaram também as guerras,
Nas prisões os presos dormiram mais cedo,
Nos campos os homens deram-se as mãos
Para entoar um Te Deum.

Estendi passarelas ornadas com flores,
Nas portas coloquei taças de vinho,
Na vitrola um LP virgem
Para gravar os seus gemidos de prazer.


Esperei, no entanto, a noite se fez insana
Rios de pedra rolaram sobre a cama
Esmagando os meus sonhos mais intensos,
E a manhã me encontrou mais solitário que a morte.


Visite os outros poemas.