Laços de vida entrelaçados
Em grossos novelos, ou em curtos meados
Me prendendo minha eloquente vida
E rasgando meus mil e um poemas, todos eles feitos aos bocados..
E me custa tanto a escrever
Mil e uma vivências da minha vida,
E todas elas me fazem mais um pouco morrer
Perdido para sempre, vivo duma maneira pouco inteligente
E em vão no papel me suicido, vertendo mais um pouco de sangue fresco duma velha e
Rasgada ferida..
Dentro do meu intimo e lido segredo
Ouves para ti e escutas meu medo
Ah, se tu ao menos soubesses
Que eu sou aquele que tu dizes que não conheces
Um agora entre muitos poucos,
E no teu intimo me tentas decifrar
Em poemas meus eu te minto, quando me lês tu vês o que “eu” sinto
Um poema por dia, te revelando essa mesma verdade fria
Tudo para que no final deste fraco poema
Encontras a verdadeira solução do meu errado problema
Antes que seja tarde de mais, procura em todos os meus poemas
Mesmo aqueles mais banais, todos eles tem um significado
Ou é de te confundir mais, ou de só a ti te mostrar o nunca antes revelado..